quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O Religiosismo que mutila o Evangelho - Parte I

A lei do Senhor é perfeita e santa. Porém, o legalismo religioso a manipulou a fim de torcê-la segundo o seu querer. Daí surgiram as discriminações. A lei destila graça por onde quer que olhe. Ela preparava a chegada da graça explícita em Cristo. Segundo Paulo, a lei nos serviu de tutor, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de tutores (Efésios 3:23-35). Paulo, sim, tinha entendido o que nós devemos entender. A lei serviu para guardar, e nos orientar na comunhão com Deus até que viesse a fé e a graça. Quando por fim, Jesus doa a sua justiça perfeita a aqueles que crêem com a fé que é posta no coração pelo próprio Senhor.

Quando veio Jesus e começou a "quebrar a lei" – na verdade, deu o seu verdadeiro sentido - tocando em leprosos, em mortos, comendo com pecadores, recebendo adoração de mulheres prostitutas, perdoando pecado, dispensado graça, trabalhando no sábado, e conversando com uma mulher samaritana - para consternação dos discípulos, que sabiam que "os judeus não se relacionavam com os samaritanos". Inclusive, essa mulher, rejeitada pelos judeus por causa da sua raça, rejeitada pelos vizinhos por causa dos seus muitos casamentos, veio a ser a primeira missionária designada por Jesus e a primeira pessoa a quem ele francamente revelou a sua identidade como Messias. A aproximação de Jesus com as pessoas impuras consternava os seus compatriotas... Tenho pensado como ainda temos relutância em nos aproximar de um não-crente, só porque não pensa como nós, ou não age como nós. Ora, isso é "religiosismo" (Filosofia religiosa carnal e diabólica). Uma falácia da verdadeira religiosidade.

Na verdade, o Evangelho nos diz que todos nós somos esquisitos, mas Deus nos ama assim mesmo – quem quiser vir participar do Reino que venha. Ou seja, como dizemos aqui na igreja: "nós somos pior do que imaginamos, porém a graça de Deus é muito maior do que possamos imaginar".

Pr. Waldemir Lopes

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