sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Quase

Estamos quase lá. Quase é 2008. Quase... sempre quase. O quase é a falta da completude. É o que falta. O que sempre faltará. Sempre estaremos quase.

No ano que ainda quase finda recebi grandes presentes. Uns perfeitos e outros quase. O aniversário de casamento quase passa despercebido - queria também que fosse quase a dura que levei merecendo. Deu tempo de ser perfeito. O primeiro ano de pastorado bem mais longe do quase perfeito. Sou quase.

Pensei agora sobre a obra de Cristo por mim que começou no tempo e no espaço a quase sete anos - não sei do grau de variação desse quase. Eu quase consegui me salvar. Quase cheguei a Deus por outros caminhos. Quase me tornei Seu amigo. Quase me considerou justo. Faltou um til da Lei. Um cabelo de sapo que quase existe. Faltou isso. Quase...

Posso enxergar meus feitos do corrente ano como quase nada do que devo em gratidão a Deus ou considerá-los quase conquista de merecimento do favor de Deus. Prefiro o sempre “quase” da correspondência do amor divino que me leva a querer demosntrar mais o meu amor sempre quase perfeito por Ele do que fazer deste “quase” uma frustração por não alcançar o favor imerecido de Deus.

Quase me perco nesse texto querendo apenas dizer que se não fosse a mão poderosa de Deus, a face dEle oculta em Cristo, Seu braço forte, suas palavras cortantes... se não fosse isso, teria a certeza que não chegaria no quase fim deste ano.

Outros receberei no quase presente ano, no entanto aguardo apenas mais de Deus e menos de mim. Menos do meu quase e mais do Seu “está consumado”. Não espere o quase corrente ano mais do que Cristo que está quase voltando. E Ele está quase!

Dedico este último texto do quase ano passado a quase perfeita igreja do Curado IV.

Pr. Daniel Luiz, quase pastor

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