sexta-feira, 8 de junho de 2007

Phelis Xiddad Croniccus

ou "Há uma certa vergonha em sermos felizes perante certas misérias.” (Jean de La Bruyère)

Existe uma doença da qual só tomei conhecimento quando estava pesquisando na internet sobre a “alegria” e a “felicidade”. Esta parece ser uma patologia característica de nós brasileiros. Afinal de contas, aprendemos a rir para não chorar. A esconder o sentido das lágrimas atrás de um sorriso forçado mascarando e chamando o choro de resultado da alegria.

O nosso povo sofre e desaprendeu o significado da alegria. Precisa-se de psiquiatras! É o recado estampado na testa de cada um. Como disse Arnaldo Jabor: "Hoje em dia, não há mais uma explícita, uma clara noção do que seria felicidade, como antigamente".

A Phelis Xiddad Croniccus é uma doença que afeta pessoas que acham graça em tudo. No Congresso tudo acaba em pizza... sorrimos das pontas dos narizes políticos sujos de coberturas monetárias adocicadas... rimos de tudo isso inertes, sem parados, sem movimentos quando nós deveríamos “pintar as caras” novamente... Digo que somos todos doentes e destinados à morte risonha porque tentamos buscar cada um nossos próprios caminhos para nos curarmos.

Como ser feliz vendo a maldade reinante e o descaso servo dos prestígios particulares? Se acreditarmos que esse nosso sorriso maroto, esse achar graça em tudo – símbolo do brasileiro faminto que assiste novela feliz da vida rindo dos seus próprios dilemas cinematografados na telinha do “plin-plin”, morreremos felizes de Phelis Xiddad Croniccus.

Se nossa nação não correr para o Senhor das nações, se os palhaços de gravata não se despirem de suas maldades, se eu não for a mudança que quero para o mundo, então Deus rir-se-á de nós (Salmos 2.4).

Por Daniel Luiz

Um comentário:

Anônimo disse...

ha, ha, ha!!